O câncer de pele é o mais comum no Brasil, mas também é muito subestimado. Por ter altas chances de cura, ser externo e visível, pode-se pensar que ele é mais “inofensivo” que outros, mas não é bem assim.
Existem dois tipos de câncer de pele: o mais comum, o não melanoma, apresenta alta incidência, mas baixa letalidade, enquanto que o melanoma é mais raro, porém mais perigoso. Abaixo, confira as dúvidas mais frequentes sobre esta condição.
Onde é mais comum?
No sul do país, a incidência é a maior do Brasil. Isto acontece pela alta intensidade da radiação solar (falha na camada de ozônio), o excesso de exposição ao sol (comportamento inadequado) e a pele, olhos e cabelos claros das pessoas (etnia), características comuns nesta região.
Como ele é?
É dividido em dois grupos: não melanomas, os mais frequentes (95% dos casos), e melanomas, os mais letais (5%). Entretanto, quando o diagnóstico é precoce as chances de cura são muito altas.
O primeiro grupo ocorre mais frequentemente na cabeça e no pescoço e, quando não tratado no início, pode deixar sequelas importantes relacionadas ao tratamento, que, na maior parte das vezes, é a cirurgia. No segundo, é importante o diagnóstico precoce, pois existe um maior risco de aparecimento de metástases à distância (doença nos órgãos).
Quais são os fatores importantes para o surgimento do câncer de pele?
- Exposição solar excessiva;
- Fenótipo (loiros ou ruivos, olhos verdes ou azuis e pele clara);
- História familiar de câncer de pele;
- História prévia deste tumor;
- Imunossupressão (imunidade baixa);
- Múltiplas lesões (pintas) na pele.
Quais sinais devemos valorizar nas lesões da pele?
Nas melanocíticas (escuras – relacionadas ao melanoma):
- A – Assimetria – quando metade da mancha é diferente da outra metade.
- B – Borda – bordas irregulares, com rugosidades, entalhadas ou dentadas.
- C – Cor – não tem coloração uniforme, ou seja, apresenta tons de preto, marrom ou outros. Também podem apresentar coloração branca, cinza, rosa, vermelha e até azul.
- D – Diâmetro – quando é maior do que 6 mm.
- E – Evolução – quando ocorre modificação no tamanho, forma, cor ou aparência (rápida ou lentamente).
Nas feridas (relacionadas ao carcinoma):
- Que não cicatrizam em até 4 semanas;
- Com a aparência de nódulos ou placas rugosas;
- Presença de prurido (coceira), sensibilidade ou dor;
- Áreas ulceradas na pele.
Como prevenir?
- Evitar ou diminuir a exposição solar das 10h às 16h;
- Cuidar nas praias e montanhas – radiação ultravioleta intensa;
- Proteger-se de superfícies refletoras;
- Ensinar às crianças os cuidados com o sol;
- Usar protetor solar FPS igual ou maior do que 30 (sempre nos momentos de exposição solar);
- Utilizar roupas e óculos com proteção UV;
- Colocar chapéu com abas largas;
- Não fazer bronzeamento com luz artificial;
- Realizar o autoexame da pele (em casa) uma vez por mês, olhando todo o corpo (na frente do espelho ou com o auxílio de um familiar).
Na dúvida sobre o surgimento de algo diferente na pele, procure um médico dermatologista.
Na Santa Casa de Porto Alegre, o Hospital Santa Rita é a unidade hospitalar exclusiva para a prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer. Para entrar em contato, ligue para a Central de Agendamento: (51) 3214-8000.
Fonte:
Dr. Felice Riccardi
CRM 20242 | RQE 18267Coordenador do Núcleo de Melanoma da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Os conteúdos deste site têm caráter informativo e não substituem a consulta com um médico.