Prematuridade: como prevenir o parto prematuro?

prematuridade

A prematuridade é o tema de uma campanha mundial celebrada no mês de novembro. A mobilização foi criada para conscientizar sobre o parto prematuro, sensibilizando sobre os riscos e principalmente sobre o que pode ser feito durante a gestação para evitar que o bebê nasça antes do tempo ideal.

Precisamos falar sobre o assunto pois, embora nenhuma mulher deseje passar por esta situação, todas as gestantes estão sujeitas a isso. E a prematuridade pode causar consequências graves à saúde do bebê, complicações futuras e desafios emocionais aos pais.

Dados da prematuridade

Estima-se que hoje, no Brasil, a média de partos prematuros é de 11,5%, ou seja, cerca de um a cada 10 bebês. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que o país ocupa o décimo lugar no ranking mundial da prematuridade. Vale salientar que a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade.

O que é parto prematuro?

Uma gestação completa leva entre 37 e 42 semanas. Ou seja, é considerado prematuro o bebê que nasce até 36 semanas e seis dias. Porém, como o desenvolvimento a cada semana é muito intenso, há diferentes níveis de prematuridade:

  • Extremamente prematuro: parto com menos de 28 semanas de gestação;
  • Muito prematuro: quando o bebê nasce entre 28 e 32 semanas de gestação;
  • Prematuro moderado a tardio: de 32 a 37 semanas de gestação.

Sendo assim, quanto mais cedo for o nascimento, mais complicações podem ocorrer e mais cuidados especiais serão necessários.

Quais as características do bebê prematuro?

A característica mais comum e notável é o tamanho e peso, já que o bebê não completou o seu desenvolvimento no útero da mãe. Quanto menor a idade gestacional ao nascimento, mais imaturo é o bebê. A pele costuma ser mais fina e lisa e a cabeça é proporcionalmente grande em relação ao corpo.

Como saber se há risco de parto prematuro?

Alguns fatores como os citados abaixo estão relacionados a um risco maior:

  • Mulheres que já passaram por outro parto prematuro;
  • Grávidas de gêmeos;
  • Mulheres que apresentaram problema prévio no útero ou colo do útero;
  • Usuárias de álcool, cigarro e drogas;
  • Diabetes (gestacional ou não), pré-eclâmpsia, infecção urinária ou baixo peso;
  • Anomalias congênitas ou outras doenças diagnosticadas de forma intrauterina no bebê;
  • Gestações muito próximas;
  • Idade abaixo dos 17 anos ou acima de 35.

Quais as causas do parto prematuro?

Nem todas as causas são conhecidas e nem sempre é possível relacionar um caso com uma causa específica, por isso a importância de um acompanhamento obstétrico.

O que pode ser feito para evitar um parto prematuro?

  • Se estiver planejando a gravidez, converse com seu ginecologista ou obstetra antes mesmo de engravidar. Ele poderá aconselhar para que o processo seja saudável desde o início.
  • Se não tiver planejado, você pode marcar uma consulta assim que ficar sabendo da notícia. Quanto antes o pré-natal iniciar, melhor para a saúde da mãe e do feto;
  • Converse com seu médico sobre histórico de saúde, seu e da sua família;
  • Siga à risca as orientações do seu obstetra e realize todos os exames solicitados;
  • Mantenha uma dieta equilibrada e peso adequado;
  • Não consuma álcool durante a gestação. Não existe nenhuma dose considerada segura durante a gravidez;
  • Não fume;
  • Consulte seu médico antes de tomar qualquer medicação;
  • Pratique exercícios físicos regularmente;
  • Realize as vacinas indicadas;
  • Utilize vitaminas se houver orientação do seu médico – e não use se não for receitada;
  • Quando ocorrer qualquer tipo de sangramento vaginal, corrimentos, dores ou outros sintomas diferentes da sua rotina, consulte uma emergência.

Como tratar o bebê prematuro?

Mesmo com todos os cuidados, é possível que o parto ocorra antes da hora. O melhor a fazer é, ainda durante a gestação, buscar o acompanhamento de bons profissionais em centros de referência. Isso possibilita que o recém-nascido possa receber o melhor atendimento, desde o parto até os próximos anos de sua vida.

É importante ainda que a prematuridade seja tratada através de um olhar multidisciplinar. “No Centro de Neonatologia da Santa Casa, a equipe cuida da família como um todo.  O bebê prematuro necessita de um cuidado individualizado, organizado para seu neurodesenvolvimento adequado. Para isso, a atenção multidisciplinar é essencial, em que cada profissional é fundamental para a assistência qualificada desses pacientes, afirma a Enfermeira Ana Paula Gubert, supervisora de Enfermagem no Centro de Neonatologia Dr. Sérgio Pilla Grossi da Santa Casa.

A equipe do Centro conta com profissionais de fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, nutricionistas e assistentes sociais, além de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem especializados. O espaço conta com leitos projetados também para o conforto dos pais, que são estimulados a ficarem junto com o bebê, além de ser equipado com as mais modernas tecnologias para assistência aos pequenos.

A unidade está inserida na  Rede Cegonha e incentiva o Método Canguru, um modelo de assistência que beneficia o prematuro de baixo peso e sua família. A assistência tem como diferencial o cuidado personalizado, centrado nas necessidades de cada recém-nascido, aliado a tecnologias, protocolos e boas práticas.

O Centro de Neonatologia Dr. Sérgio Pilla Grossi está localizado ao lado do Centro Obstétrico, com comunicação interna direta, facilitando a integração das equipes assistenciais.

Fontes:
Dr Mauricio Obal Colvero – Coordenador da UTI Neonatal da Santa Casa
CRM 24282 | RQE 14830 | RQE 17553
Enf Ana Paula Gubert – Coordenadora de Enfermagem da UTI Neonatal da Santa Casa

Os conteúdos deste site têm caráter informativo e não substituem a consulta com um médico.

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