Descobrir o sexo do bebê é um dos momentos mais esperados pelos pais. Logo que o teste de gravidez é confirmado, uma das principais dúvidas que surgem durante o pré-natal é “quando posso saber se é menino ou menina?”. A Dra Cristine Dietrich, médica do setor de rastreamento do Instituto Materno-Fetal Santa Casa, explica mais sobre os exames e quando podem ser realizados.
Qual o exame para descobrir o sexo do bebê?
Atualmente podemos saber o sexo do feto por um teste chamado sexagem fetal ou por realização de ultrassonografia obstétrica.
Para realizar o exame de sexagem fetal é necessária apenas a coleta de uma amostra de sangue da mãe, em torno de cinco mililitros, sendo, portanto, um exame que não oferece riscos para o bebê. “No sangue da mãe, além do material genético materno, existem fragmentos do DNA fetal circulando. Então, nessa amostra, busca-se uma região de DNA específica do sexo masculino (que está no cromossomo Y). Se ela for encontrada, temos um menino, do contrário, uma menina”, esclarece a Dra Cristine Dietrich.
Quando é possível descobrir o sexo do bebê?
O exame de sexagem fetal pode ser realizado a partir da 8° semana de gravidez – idade gestacional em que a chance de acerto é de 99%. A probabilidade vai aumentando conforme a idade gestacional, ou seja, quanto maior o número de semanas de gestação, maior a certeza do resultado, pois aumentam o número de células fetais presentes no sangue da gestante.
Este exame também pode ser realizado por gestantes gemelares. O que muda é que se o resultado apresentar negativo para o cromossomo Y, significa que a gestação é só de meninas. Se o resultado for positivo para cromossomo Y, significa que pelo menos um dos fetos é menino, porém não quer dizer obrigatoriamente que o outro bebê também seja.
O resultado da sexagem fetal pode sofrer interferências caso a gestante já tenha recebido transfusão de sangue ou transplantado um órgão em algum momento da vida, entre outros fatores.
Ultrassonografia
A determinação do sexo fetal por meio da ultrassonografia no segundo e terceiro trimestre de gestação é um método já consagrado. É possível descobrir a partir de 16 semanas, mas idealmente é confirmado entre 20 a 24 semanas, na ecografia morfológica do segundo trimestre.
O aperfeiçoamento tecnológico dos aparelhos de ultrassom e o advento da ultrassonografia transvaginal impulsionaram a tentativa de identificação do sexo fetal no primeiro trimestre. Estudos recentes demonstraram a possibilidade de predizer relativamente bem o sexo fetal, por meio da ultrassonografia no período entre 11 e 14 semanas de gestação, através da avaliação da direção do tubérculo genital.
Com 13 semanas, é possível identificar a posição do tubérculo genital na maior parte dos casos. O tubérculo genital é a estrutura que dará origem ao pênis nos meninos e ao clitóris nas meninas. A posição do tubérculo nas meninas é bem horizontal (paralelo com a coluna) enquanto nos meninos ela é vertical (perpendicular à coluna). Porém, alguns fatores podem dificultar essa avaliação, como obesidade, cirurgias abdominais prévias, a posição do feto durante o exame e a qualidade do aparelho de ultrassonografia utilizado.
De qualquer forma, independentemente da definição adequada o sexo do feto na ecografia de primeiro trimestre, a avaliação morfológica de primeiro trimestre e o rastreamento combinado de aneuploidias e pré-eclâmpsia são exames de extrema importância para a saúde da mãe e do bebê.
Instituto Materno-Fetal Celso Rigo
O Instituto Materno-Fetal Celso Rigo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre conta com estrutura física e tecnológica para realização de ecografias obstétricas e exames de pré-natal de rotina, além de avaliações na área de medicina fetal avançada e programa de cirurgia fetal com a participação do Dr. Eduard Gratacós, referência mundial da área. Acesse o site e saiba mais.
Fontes:
Dra. Talita Micheletti Helfer
CRM 49091-RS | RQE 37631
Dr. Marcelo Brandão da Silva
CRM 25764-RS | RQE 17453 | RQE 19912
Dra. Cristine Dietrich
CRM 30741-RS | RQE 21337
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