Saúde renal para todos: a importância e os cuidados com os rins

Saúde renal

No dia 9 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim, um órgão vital para o ser humano. Embora muitos ainda desconheçam a sua importância, eles são responsáveis por diversas funções essenciais no corpo.

Localizados na região a lombar, os rins são glândulas em formato de feijão e de coloração rósea. O rim direito fica abaixo do fígado e o esquerdo, abaixo do baço.

Estima-se que 10% da população brasileira sofra com algum tipo de doença renal. Atualmente, mais de 140 mil pessoas realizam a diálise regularmente no país, tratamento que substitui as funções do rim em nosso organismo. 

As doenças que atingem os rins podem ter como consequências a necessidade de tratamento dialítico ou de transplante, já que raramente é possível revitalizar as funções deles, quando perdidas. Por isso é tão importante falarmos sobre prevenção.

Quais as funções dos rins?

Os rins são os responsáveis pelo equilíbrio da química interna do corpo. Sua principal tarefa é filtrar o sangue, ou seja, remover todos os resíduos tóxicos presentes na circulação, que são resultantes do metabolismo corporal, como ureia, creatinina e ácido úrico.

Suas principais funções no organismo são:

  • Eliminação de toxinas do sangue por um sistema de filtração;
  • Regulação da formação do sangue e dos ossos;
  • Regulação da pressão sanguínea;
  • Controle do delicado balanço químico e de líquidos do corpo.
  • Metabolismo e eliminação de diversos fármacos

Além disso, os rins participam na produção de determinados hormônios, como a eritropoetina (que atua na formação de glóbulos vermelhos), a vitamina D (que colabora com a absorção do cálcio para favorecer o fortalecimento dos ossos) e a renina (que participa da regulação de pressão arterial).

O que é insuficiência renal? 

Insuficiência renal é o nome da doença caracterizada pela perda de função dos rins, quando eles perdem a capacidade de filtrar o sangue e exercer suas outras tarefas. A origem pode ser desde desidratação, uso de drogas nefrotóxicas, choques, sepse, lesão nos rins por presença de pedras, tumores, alterações dos vasos sanguíneos renais até doenças autoimunes.

Pode ser classificada em dois tipos:

Insuficiência renal aguda ou injúria renal aguda: quando há uma rápida redução da função renal com sintomas que surgem de forma súbita;

Insuficiência renal crônica ou doença renal crônica: quando há perda gradual da função dos rins, levando a sintomas que se agravam ao longo do tempo. Geralmente é a complicação de outras doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade ou outras.

A insuficiência renal nem sempre tem cura. Por isso, é preciso estar atento aos principais sintomas:

  • Urina com cor amarela escura, cheiro forte e/ou espuma;
  • Acordar à noite para urinar diversas vezes;
  • Cansaço frequente;
  • Sensação de falta de ar;
  • Dor na parte inferior das costas;
  • Inchaço das pernas e pés;
  • Pressão alta;
  • Falta de apetite;
  • Náuseas e vômitos;
  • Cãibras frequentes;
  • Tremor, principalmente nas mãos;
  • Formigamento nas mãos e nos pés;
  • Pequenos caroços na pele;
  • Alteração do nível de consciência.

Por ser uma doença silenciosa e cujos sintomas podem se confundir com os de outras doenças, é preciso atuar na prevenção e ter cuidados com a saúde para que os rins estejam saudáveis.

De forma interessante, a produção do volume urinário é comum na insuficiência renal aguda, mas não está presente na maioria dos casos de doença renal crônica, o que reforça a necessidade da realização de exames laboratoriais.

Como prevenir doenças renais? 

Apesar de ser recomendado que todas as pessoas cuidem de seus rins, há aquelas com fatores de risco para desenvolver doenças renais. Quem tem histórico familiar, histórico de doenças no aparelho urinário e/ou circulatório, diabetes, hipertensão, obesidade ou é fumante deve ter cuidado redobrado e fazer acompanhamento médico.

As recomendações gerais para cuidar da saúde dos rins são:

  • Beber água! Pelo menos dois litros por dia;
  • Fazer exames periódicos com acompanhamento médico;
  • Seguir o tratamento prescrito para diabetes e/ou pressão alta;
  • Controlar o peso e evitar ou combater a obesidade;
  • Parar de fumar, se for fumante;
  • Evitar o uso de medicamentos sem prescrição médica;
  • Consumir sal moderadamente;
  • Limitar a ingestão de bebidas alcoólicas e sempre intercalar com água.
  • Evitar uso de anti-inflamatórios não esteroides e anabolizantes.

Além disso, existe o exame de creatinina, que é realizado para verificar o bom funcionamento dos rins. Ele pode ser realizado por meio do sangue e serve para verificar a concentração de creatinina na corrente sanguínea. Outro exame importante é o exame quantitativo de urina, que vai avaliar a presença de eliminações anormais na urina como: proteínas, hemácias, leucócitos, etc, que podem sinalizar a presença da doença renal aguda ou crônica.

Quando os rins não estão em seu pleno funcionamento, não conseguem filtrar a creatinina por completo. O resultado mostra se existe uma taxa muito alta de creatinina no sangue e isso ajuda a identificar que o funcionamento não está como deveria. É um indício que aponta problemas no processo de filtragem do sangue e também a possibilidade de doenças renais em curso.

Este exame normalmente é solicitado pelo médico de acordo com a avaliação do histórico e situação de saúde do paciente. Se você perceber algum dos sintomas mencionados acima, procure o Serviço de Nefrologia da Santa Casa.

Para mais informações ou agendar uma consulta, entre em contato pelo (51) 3214-8000.

Fontes:
Juliana Alves
CRM: 34214

Degiane Rocha 
Supervisora do Serviço de Diálise da Santa Casa

Os conteúdos neste site possuem caráter informativo e não substituem a consulta com um médico.

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